João, a fantasia e o carnaval

Encontrei esta crônica que escrevi um ano atrás.

Cabe para o momento, e vale publicá-la aqui.

O seu título é o mesmo do post.

Nossa missão no carnaval é parecida com a de João Batista.

João chamava o povo ao arrependimento e anunciava a chegada do Messias, daquele que traria fogo e espírito.

Como filho de sacerdote, Zacarias, João poderia ter seguido este ofício tão nobre e especial.

Seu lugar deveria ser no Templo,

vestido com roupas de sacerdote,

comendo comida própria de sacerdote,

fazendo trabalho de sacerdote.

Mas, ele preferiu o deserto.

Clamar ao ar livre.

Ele preferiu comer gafanhoto e mel silvestre.

Ele preferiu usar uma roupa curiosa e meio carnavalesca,

feita de couro e pêlo de camelo, com um cajado na mão.

No entanto, de certo modo parece que o Batista cumpriu seu papel sacerdotal...

Ele conduziu pessoas a Deus e escolheu o melhor Cordeiro para o sacrifício, quando olhou para Jesus e disse publicamente em alta voz: "Eis o cordeiro de Deus".

A nossa ação no carnaval é parecida com a de João.

É falar de vida, que Jesus veio trazer salvação e liberdade.

Nosso lugar neste carnaval poderia ser de sunga numa praia, comendo caranguejo ao sol,

ou bem largadão em casa, assistindo um bom filme com um pote de sorvete de lado.

Mas você preferiu o deserto,

o deserto das almas perdidas.

Preferiu clamar ao ar livre e se divertir sendo vida nas ruas e ladeiras.

VIVA!

Parece que João Batista disse algo desse tipo.

Este ano fui convidado para participar do Baile Municipal, e mais, vestido de faraó.

Mas decidi usar uma roupa diferente neste carnaval...

Se o pessoal do trabalho ou da faculdade perguntar se você usou fantasia, diga que sim!

Diga que neste carnaval você saiu fantasiado com pêlo de camelo e cajado na mão.

Rafael

In Domino confido